quarta-feira, 7 de maio de 2008

Opinião de Luísa Bessa: Mais ricos e mais pobres

Há anos que se debate se a globalização tem contribuído para aumentar ou diminuir a desigualdade de rendimentos. É inequívoco que a abertura dos mercados tem tirado da pobreza milhões de pessoas dos países em desenvolvimento, sobretudo da Índia e da China, mas não só.
Há anos que se debate se a globalização tem contribuído para aumentar ou diminuir a desigualdade de rendimentos. É inequívoco que a abertura dos mercados tem tirado da pobreza milhões de pessoas dos países em desenvolvimento, sobretudo da Índia e da China, mas não só.
São esses os principais ganhadores com a globalização e as suas populações estão entre os principais beneficiados. Uma mais-valia para toda a humanidade, que aparece agora inesperadamente em risco pela subida dos preços dos alimentos.
Mas é o capital o maior ganhador. Sem pátria e sem cor, desloca-se para onde os factores são mais competitivos, fazendo histórias de sucesso num lado e deixando um rasto de vazio no outro, sobretudo em regiões com dificuldade de substituir as actividades que saem por outras onde possam ser mais competitivas. O que explica que os países desenvolvidos sejam penalizados pela globalização, mas as suas grandes empresas não.
A China é um caso particular em tudo isto. Sendo desde há anos o principal financiador dos Estados Unidos está hoje em condições de passar a um estádio superior. Há capitais chineses em quantidade, disponíveis para comprar empresas americanas, tirando partido da desvalorização do dólar, como o fizeram os japoneses nos anos 80, o que está a fazer soar as campainhas de alarme em Washington. Se aí vêm medidas proteccionistas ou outro tipo de reacção, é o que ainda está em aberto e que só poderá ficar esclarecido depois das eleições presidenciais de Novembro.
Outro ponto assente é o crescimento das desigualdades dentro dos países, notavelmente nos Estados Unidos, tendência em que Portugal não é excepção, com o trabalho em níveis historicamente baixos na distribuição da riqueza. Nos Estados Unidos continua a ser notícia as estatísticas da desigualdade salarial, com o disparo das remunerações dos gestores de topo e a estagnação, ou mesmo o recuo em termos reais dos salários médios.
O tema tem dado pano para mangas. Os defensores do mercado argumentam que as retribuições dos gestores se justificam pela necessidade de reter o talento e de encontrar as pessoas certas para cumprirem objectivos cada vez mais ambiciosos de remuneração do capital investido. São argumentos válidos. Mas, na prática, apesar dos progressos em termos de regras de governação das grandes empresas - de capital mais disperso -, tem vigorado uma grande independência entre a rentabilidade e os salários dos gestores, sendo frequente haver redução de lucros e aumento da retribuição dos executivos. Essa tem sido, aliás, a prática nas empresas cotadas na bolsa portuguesa.
A análise aos números de 2007 das cotadas do PSI-20 parece contar uma história diferente. Pela primeira vez, verifica-se uma correlação positiva entre a redução dos lucros e os salários dos gestores. Aprofundando, podemos estar perante uma ilusão de óptica: tirando o efeito de dois casos desviantes - BCP e Semapa - os salários continuam a crescer acima dos resultados.

ZON com lucro de 20.9 milhões de euros

A Zon Multimédia terminou os primeiros três meses do ano com um resultado líquido de 20,9 milhões de euros, traduzindo uma subida de 12,6% face aos homólogos 18,5 milhões de euros, e acima dos 19,6 milhões de euros esperados pelos analistas.
Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Zon explica que o lucro líquido verificado no trimestre resulta do crescimento das receitas e dos resultados operacionais. Além disso, o resultado líquido foi afectado por amortizações de imobilizado corpóreo e incorpóreo no valor de 27 milhões de euros, pelos custos com juros líquidos, que sofreram um aumento anual de 12% para 2,2 milhões de euros, resultante de um acréscimo do nível médio da dívida bruta, e pelo imposto sobre o rendimento, que aumentou 9,3% para 7,4 milhões de euros.
As receitas operacionais cresceram 9,1% para os 188,1 milhões de euros entre Janeiro e Março de 2008, com destaque para o crescimento dos negócios de TV por Subscrição, Banda Larga e Voz, que aumentaram 8,7% para 166,5 milhões de euros.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Petróleo ao largo da costa angolana

A petrolífera italiana Eni, que é accionista de referência da Galp Energia, anunciou hoje ter efectuado "uma importante descoberta petrolífera" ao largo da costa angolana, em parceria com a Sonangol, petrolífera estatal deste país.

"Durante testes de produção, o poço produziu petróleo de excelente qualidade, e em maiores quantidades do que o esperado. As dimensões do campo e os resultados são melhores do que o estimado", diz a Eni.

Valor das casas cai no primeiro trimestre

O valor médio de avaliação bancária das habitações no Continente, caiu 0,9%, no primeiro trimestre deste ano, para 1.220 euros por metro quadrado. Portugal acompanha assim a tendência dos restantes países europeus onde o sector imobiliário tem vindo a registar desvalorizações acentuadas.
O valor médio de avaliação bancária de habitação no Continente fixou-se, no primeiro trimestre de 2008, em 1220 euros/m2, correspondendo a um decréscimo trimestral de 0,9% e homólogo de 1,5%, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Por regiões, apenas o Alentejo e o Norte registaram variações trimestrais positivas, de 1,4% e de 0,3%, respectivamente. Nas restantes regiões, destaque-se o decréscimo de 2,9% verificado na região do Centro.
Na Área Metropolitana de Lisboa, a variação face ao trimestre anterior foi nula, enquanto na Área Metropolitana do Porto se verificou um aumento de 0,3% do valor médio de avaliação bancária de habitação.
Em termos homólogos, todas as regiões registaram diminuições, a mais intensa das quais na região do Centro (-4,9%).
No caso dos apartamentos, o valor médio da avaliação bancária no Continente diminuiu 0,1% face ao trimestre anterior e 1,4% face ao trimestre homólogo.
Em relação às moradias, o valor médio de avaliação bancária no Continente registou uma variação trimestral de -2,2% (0,4% no trimestre anterior) e uma variação homóloga de -2,3% (-0,7% no trimestre homólogo).

Alemães em risco de pobreza

Mais de 10Milhoes de pessoas poderam estar a caminho da pobreza em 2020 (12% da população) se motor da economia da Europa, não voltar a um crescimento do PIB acima dos 3% ao ano.

Estes factos estão a deixar a classe média alemã (que há oito anos constituía 62% da população e actualmente não chega aos 50%) cada vez mais preocupada.

É de alertar para o facto de as autoridades políticas terem feito crescer a despesa pública e deixado cair as receitas. Os gastos com o apoio social – nomeadamente com os 9% de desempregados – e a diminuição dos impostos podem estar a levar a economia alemã para um beco sem saída.

Deste modo é necessário estabelecerem-se novas políticas estruturais para dar a volta a esta situação.

Cinco empresas que podem brilhar como optimismo nas bolsas

Gsonae, semapa e teixeira duarte são as acções com maior potencial de valorização na bolsa portuguesa se o optimismo dos investidores vier para ficar. Por sua vez, a REN é a única cotada do PSI 20 que está sobreavaliada.

A Sonae Indústria surge no topo do ‘ranking’ com um ‘target’ médio de 9,37 euros, ou seja, mais 106,39% que a actual cotação das acções.
Da mesma forma, os especialistas acreditam que os títulos da Sonaecom podem duplicar o seu valor com uma recuperação dos mercados accionistas.
Em terceiro lugar aparece a Sonae SGPS que, aos preços actuais, tem um potencial de subida de 75%.
Os accionistas do grupo Sonae são os que mais poderão beneficiar com a recuperação das bolsas, no entanto são os que mais perderem em 2008.
No ‘top 5’ surgem ainda as acções da Semapa e da Teixeira Duarte. O preço-alvo médio da Semapa pode, no entanto, ser revisto em baixa em reacção à queda dos lucros de 48% no primeiro trimestre.
A Teixeira Duarte, por sua vez, ganhou visibilidade com a entrada para o PSI 20 e, como quarto maior accionista do BCP com 6,68% do capital, está permanentemente “dependente” das acções do maior banco privado português.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

O problema mundial da escassez dos alimentos



Todos os quatro cantos do mundo neste momento atravessam uma grande escassez de alimentos, sendo esta mais intensamente sentida por cerca de cem milhões de pessoas.



A crescente procura de alimentos e o facto de existirem cada vez mais pessoas a comerem melhor e a terem uma alimentação de qualidade, fazem com que se desenvolva uma insuficiência destes mesmos. O facto das últimas colheitas de cereais terem sido desastrosas agrava este problema, que só poderá ser vencido com um crescimento elevado de produção e um investimento maior em alargar os solos aráveis nos Países em Desenvolvimento, investindo-se assim numa melhor técnica e melhores apoios.


Pelo simples facto de as matérias-primas, assim ficarem mais caras, os agricultores temem em investir na sua área. Deste modo, a ONU tenta disponibilizar cerca de 1600milhões de euros para o apoio aos Países mais afectados por esta crise, cria um gabinete especial, e pede aos países exportadores (como o Brasil) para não restringirem as suas exportações, de modo a facilitar o comércio livre. Em todo o mundo fazem-se, igualmete esforços para se fornecerem 3600milhões de euros para sementes nos países em desenvolvimento.
É importante lembrar que Portugal não é claramente auto-suficiente, importa 90% dos alimentos que consome. A sua maior dependência reside nos cereais, tornando-se unicamente auto-suficiente no vinho e no leite, que ainda consegue exportar de forma a não formar dependência.


A um nivel geral, o preço do trigo subiu cerca de 130%, do arroz 75%, e do milho 35%. Este facto deve de claramente preocupar toda a população mundial, já que por uma regressão no sistema alimentar, provoca um maior índice de fome, que poderá ainda levar a uma revolta social a uma escala catastrófica.